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Para fugir do embate, oposição tenta antecipar convocações da CPMI

Bolsonaristas usam comissões nas quais são maiorias e tentam ouvir autoridades do governo, como ex-chefe da Abin e ministro do GSI

atualizado 02/05/2023 0:35

Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança do Distrito Federal, dá coletiva de imprensa junto à autoridades e chefes de segurança do DF sobre manifestação bolsonarista programada para hoje. Ele aparece sentado, de lado, segurando microfone na mesa - Metrópoles Wey Alves/Especial Metrópoles

Os bolsonaristas no Congresso Nacional estão tentando acelerar convocações de autoridades do governo para falaram sobre o 8 de janeiro, antes da instalação da CMPI que irá investigar os atos golpistas daquele domingo.

A estratégia é tentar levar esses governistas em comissões que o governo tem maioria e possam tentar desgastar os convocados, ou convidados. Na CPMI, o governo deverá ter a maioria. A projeção é que, dos 32 titulares, entre 20 a 22 sejam da base de apoio à Lula.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou a convocação do ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, para que seja ouvido sobre a atuação do órgão durante a invasão do Palácio do Planalto. Cappelli irá no próximo dia 14.

A mesma comissão vai insistir em ouvir o ex-ministro general Gonçalves Dias, do GSI, também antes que a CPMI mista seja instalada. Ele seria ouvido na semana passada, mas, em cima da hora, enviou um atestado médico comunicando não ter condições de comparecer.

No Senado, a Comissão de Relações Exteriores aprovou uma sessão para ouvir Saulo da Moura Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e que estava nesse cargo no dia 8 de janeiro. O autor desse pedido de oitiva é do senador Espiridião Amin (PP-SC), aliado de Jair Bolsonaro, que acredita que o órgão foi “omisso” no dia dos ataques.

O objetivo da oposição é desgastar essas autoridades antes que a CPMI seja instalada e fazer barulho nas redes e no noticiário.

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