Ganhou força nos últimos dias o movimento para que o presidente Lula escolha uma mulher negra para a primeira vaga a ficar disponível no Supremo Tribunal Federal (STF), de Ricardo Lewandowski.
Essa possibilidade tem o apoio de parte de setores do governo, não só da ministra Aniele Franco (Igualdade Racial), que defendeu ontem essa indicação e irá oficializar esse pedido a Lula. O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) já se manifestou favorável. Edson Fachin, do STF, também.
Um nome que agrada aos ministros do STF é da advogada Vera Lúcia Santana de Araújo, que esteve na lista tríplice escolhida por esse tribunal, ano passado, para uma vaga de substituta no Tribunal Superior Eleitoral. Foi a terceira mais votada, mas Jair Bolsonaro escolheu, em novembro do ano passado, o advogado André Ramos Tavares, que presidiu a Comissão de Ética da Presidência.
Vera Araújo foi a primeira negra a estar nessa lista para o TSE. A advogada atuou contra a ditadura militar, já foi secretária-adjunta de Igualdade Racial do Distrito Federal, na gestão do PSB, advoga em questões que envolvem racismo e integra a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, grupo que apoiou a candidatura de Lula.
A advogada é baiana e aos 18 anos se mudou para Brasília.