Uma tarde na Praça dos Três Poderes que remete ao 8 de janeiro. Sem quebradeira. Sem terroristas e vândalos. Sem as piores cenas que a democracia já registrou. Hoje, os eventos que se darão no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), ambos acompanhados com lupa pelo Palácio do Planalto, serão decorrentes daquele domingo trágico.
A eleição para a Câmara dos Deputados, com resultado já sabido e esperado, não trará as maiores emoções desta quarta-feira. Arthur Lira se reelegerá com votos até de alguns que endossaram aqueles atos. Mas a maioria dos mais de 400 votos que receberá é de gente que condenou aqueles ataques.
O STF terá uma sessão especial, com um significado de volta por cima e de resposta para aquele dia 8.
Alvo dos aloprados bolsonaristas naquele dia, o prédio do STF foi recuperado na medida do possível até agora. Aquelas cenas jamais serão apagadas, e isso será lembrado hoje no tribunal. A presidente Rosa Weber dirá que destruição de prédios não desmorona a defesa da democracia .
No Senado, uma eventual, ainda que improvável, vitória de Rogério Marinho (PL-RN) será um balde de água nos que combateram o 8 de janeiro. Ainda que não queira, Marinho, por ser candidato de Jair Bolsonaro, ter sido seu ministro e o apoio de radicais nas redes, está associado aos estragos daquele domingo.
Uma quarta-feira, dia 01 de fevereiro, que pode ser de volta por cima. Ou parcial, dependendo do Senado.