Além de manter a paz na América do Sul, as mensagens contra um possível conflito entre Guiana e Venezuela feitas pelo presidente Lula (PT) têm outros sentidos. O Brasil avalia que um choque na conhecida estabilidade da região possa fazer com que investimentos estrangeiros parem de desembarcar no país.
O Brasil se esforçou durante a COP-28 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023) e manterá o esforço durante a presidência do G20 de mostrar que o país é um ambiente seguro de negócios. Na avaliação econômica e do agronegócio, um dos principais atrativos da América do Sul é justamente a estabilidade geopolítica.
Ontem (07/12), Lula disse acompanhar com preocupação a situação entre Venezuela e a Guiana, na região de Essequibo. O petista enfatizou a busca pela paz.
“Vamos tratar com carinho, porque a coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito”, afirmou na reunião de chefes de Estado do Mercosul.
Já há uma conversa entre diplomatas brasileiros e os dois lados da disputa, mas como não há conflito ainda, o Brasil não se pode colocar na posição de mediador. A postura de agora, segundo integrantes do Itamaraty, deve ser de observação e moderação, pedindo que os países tenham “bom senso”.