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Lula teme que tensão na Guiana impacte investimentos estrangeiros

Avaliação é que choque na estabilidade da América do Sul faça empresas estrangeiras fugirem da região

atualizado 07/12/2023 20:58

Lula na cúpula do Mercosul Ricardo Stuckert/PR

Além de manter a paz na América do Sul, as mensagens contra um possível conflito entre Guiana e Venezuela feitas pelo presidente Lula (PT) têm outros sentidos. O Brasil avalia que um choque na conhecida estabilidade da região possa fazer com que investimentos estrangeiros parem de desembarcar no país.

O Brasil se esforçou durante a COP-28 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023) e manterá o esforço durante a presidência do G20 de mostrar que o país é um ambiente seguro de negócios. Na avaliação econômica e do agronegócio, um dos principais atrativos da América do Sul é justamente a estabilidade geopolítica.

Ontem (07/12), Lula disse acompanhar com preocupação a situação entre Venezuela e a Guiana, na região de Essequibo. O petista enfatizou a busca pela paz.

“Vamos tratar com carinho, porque a coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito”, afirmou na reunião de chefes de Estado do Mercosul. 

Já há uma conversa entre diplomatas brasileiros e os dois lados da disputa, mas como não há conflito ainda, o Brasil não se pode colocar na posição de mediador. A postura de agora, segundo integrantes do Itamaraty, deve ser de observação e moderação, pedindo que os países tenham “bom senso”.

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