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Governo usa “intromissão” estrangeira para aprovar o PL das Fake News

Ofensiva de empresas como a Google e o Twitter contra o projeto virou argumento para tentar convencer deputados a votarem a favor

atualizado 02/05/2023 0:57

Billy Boss/Câmara dos Deputados

Na reunião dos líderes partidários com Arthur Lira, hoje, o governo e o próprio presidente da Câmara irão tentar ganhar votos de deputados indecisos ou mesmo de contrários ao projeto de combate às fake news com um argumento novo: o da intromissão indevida das grandes empresas estrangeiras, como Google e Twitter,  numa questão interna do Brasil.

Essas big techs fizeram uma ofensiva contra o projeto ontem, espalhando até informações que não condizem com a verdade.

Os favoráveis ao texto do relator Orlando Silva (PCdoB-SP) irão apelar a um sentimento em defesa da soberania nacional. O governo sabe que dificilmente esse argumento convença muitos parlamentares, em especial alguns setores convictos em votar não, até por outras razões, caso da bancada evangélica.

No final de semana, a Frente Parlamentar Evangélica e o Republicanos, de base religiosa, fecharam questão contra o projeto.

Este blog revelou anteontem que o Palácio do Planalto estava assustado com tantas defecções e que poderia apoiar a retirada de pauta do projeto se o cenário fosse negativo. O risco ainda é grande de o texto ser derrotado.

A conversa de hoje entre Lira, o relator e os líderes irá definir se a matéria será levada a voto. O governo aposta no termômetro do presidente da Câmara, conhecedor dos “humores” de seus pares, se votam “sim” ou “não” em alguma matéria.

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