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Governo surfará politicamente, mas não usará 8 de Janeiro em campanha

Avaliação é que evento será de Estado e que interpretação pode ser a mesma usada contra Bolsonaro

atualizado 27/12/2023 20:52

foto colorida de Lula, Janja e Alckmin de costas na festa da posse Rafaela Felicciano/Metrópoles

O evento programado para 8 de janeiro de 2024, no Congresso Nacional, está sendo encarado como um ato de demonstração de que as instituições estão sólidas, mesmo depois dos ataques golpistas. Isso posto e embora seja evidente que o governo Lula (PT) utilizará esse momento de forma estratégica, a discussão sobre a possibilidade de transformar o evento em plataforma de campanha ainda está em andamento.

Alguns setores do PT sugerem que a presença de Lula, ministros do STF, ministros de Estado, governadores, senadores e deputados pode desempenhar um papel fundamental não apenas em termos políticos, mas também como parte de uma estratégia de campanha para 2024.

No entanto, surge uma consideração cautelosa de que o 8 de Janeiro não deveria ser explorado como um instrumento de campanha, nem mesmo as imagens resultantes desse “ato político”. Existe o risco de a Justiça Eleitoral interpretar que o PT está utilizando um evento institucional para promover a imagem do governo de maneira partidária.

Essa interpretação poderia seguir a mesma linha que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se tornar inelegível. Em um dos processos de sua inelegibilidade, o Tribunal Superior Eleitoral argumentou que Bolsonaro utilizou imagens do 7 de Setembro, feriado da Independência do Brasil, para promover sua campanha de reeleição.

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