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Exclusivo: Governo aceita levar G. Dias na CPMI, mas “na hora certa”

Entendimento de integrantes da base na comissão e do Planalto é que ida do ex-chefe do GSI deve respeitar "ordem cronológica" dos fatos

atualizado 14/06/2023 23:16

Advogado GDias GDias Governo Lula documento secreto General Gonçalves Dias Divulgação/Governo da Bahia

O governo decidiu que não irá fazer resistência até o final dos trabalhos da comissão à convocação de integrantes do governo na CPMI dos atos golpistas. 

Integrantes de partidos da base decidiram, em entendimento com o Palácio do Planalto, que irão votar a favor da convocação do general Gonçalves Dias, por exemplo, em outro momento. Mas, não agora. Requerimento nesse sentido foi derrotado ontem na sessão da comissão.

Titular da comissão, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) confirmou ao blog esta decisão. O parlamentar é um dos vice-líderes do governo na Câmara.

“Vamos seguir a ordem cronológica dos fatos. Os membros do governo virão à CPMI. Na hora certa” – disse Rubens Júnior, que completou:

“Mas não poderíamos permitir na primeira semana. Não poderíamos permitir o jogo da oposição em converter investigador em investigado. Seguiremos a linha temporal proposta pela relatora (Eliziane Gama)” – afirmou.

O governo conseguiu impedir ontem (terça) a aprovação da convocação de G. Dias e também do ministro Flávio Dino (Justiça).

O general foi o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do início desse governo Lula e teria partido dele a ordem para a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de suprimir os alertas sobre os ataques do 8 de janeiro em relatórios enviado ao Congresso Nacional, segundo a Folha de S. Paulo.

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