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Direita se vê prejudicada nas eleições caso reforma tributária passe

Potenciais candidatos a presidente estão brigando por adiamento da votação do texto

atualizado 04/07/2023 15:26

Fotografia colorida de Lula e Tarcísio conversando no Palácio do Planalto, em Brasília - Metrópoles Ricardo Stuckert/Divulgação

Os governadores desgostosos com a reforma tributária somaram à pressão ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) o argumento de que o texto pode “atrapalhar a direita” nas eleições de 2026.

Dizem que a queda de arrecadação e falta de autonomia nos recursos podem impactar o potencial político de “presidenciáveis”. Pelos menos três governadores são vistos como substitutos do inelegível Jair Bolsonaro (PL) na direita: Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

É importante destacar, no entanto, que a PEC da reforma tributária, se aprovada, só passa a valer em 2027, depois o mandato dos atuais governadores. O dispositivo foi implementado justamente para não prejudicar os chefes de executivos estaduais.

O vácuo na direita não ficará vazio por muito tempo. O governador de São Paulo protagoniza a resistência contra a reforma tributária e monta uma “tropa de choque” para adiar a apreciação do texto. No domingo (02/07), encontrou-se com quase 30 deputados federais.

Tarcísio também está entre os governadores que estão organizando uma reunião nesta terça-feira (04/07) em Brasília para discutir a PEC. Além dele, estarão presentes Cláudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS), Eduardo Riedel (MS), Jorginho Mello (SC), Ratinho Júnior (PR), Renato Casagrande (ES) e Romeu Zema (MG). Será às 19h, no B Hotel.

No domingo, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se encontrou com Ronaldo Caiado (União Brasil) na tentativa de amenizar as críticas feitas pelo governador de Goiás, que é possivelmente o mais bravo. Padilha também deve se reunir com Tarcísio nesta terça-feira.

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