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Delação de Cid pode envolver militares implicados com 8 de Janeiro

Além de Bolsonaro, cúpula militar está preocupada com investigações sobre os ataques de janeiro

atualizado 12/09/2023 22:11

Tenente-coronel Mauro Cid fala com advogado Cezar Bitencourt Breno Esaki/Metrópoles

A delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, não só tratará das joias desviadas pela equipe do ex-presidente da República. Além dos presentes, também estão no pacote: fraudes em cartões de vacina; minuta do golpe encontrada na casa de Anderson Torres e a intentona bolsonarista de 8 de janeiro. Este último tema é o motivo da preocupação do Exército.

Isso porque militares acreditam que Cid “entregou” colegas supostamente envolvidos com a tentativa de golpe de 8 de janeiro. A Polícia Federal não planeja ouvir novamente o tenente-coronel nas próximas semanas, mas já está recebendo provas materiais de Cid e de seu advogado, Mauro Bittencourt.

O receio da cúpula militar também é uma cooperação do general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens. A avaliação é que o militar “tem muito mais a entregar” do que o filho. Ele é um dos investigados no esquema das joias.

O Exército afastou e estuda expulsar Mauro Cid da caserna. Mas antes, ele deve ser condenado na Justiça comum, já que ele não reponde a nenhum inquérito militar.

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