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Comissão aprova anistia a filhos que viram mãe ser torturada por Ustra

Sob emoção, conselheiros aprovaram por unanimidade a condição de anistiados de Janaína e Edson

atualizado 29/06/2023 0:24

Ato contra a ditadura -- Metrópoles Igo Estrela - Metrópoles

Sob emoção, a Comissão de Anistia aprovou por unanimidade ontem a condição de anistiados políticos para Janaína Almeida Teles e Edson de Almeida Teles, filhos de Maria Amélia de Almeida Teles, a Amelinha, que foi presa e torturada pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, responsável pelo Doi-Codi de São Paulo no início da década de 1970, auge do período mais duro da ditadura.

Janaína e Edson, então com 5 e 4 anos respectivamente, foram levados para onde a mãe estava presa e assistiram ela ser submetida a sessões de tortura comandadas por Ustra, sentenciado como torturador em três instâncias judiciais. 

Os dois foram declarados anistiados políticos e foi aprovado também o direito a uma indenização de R$ 100 mil para cada um, valor máximo para casos de prestação única.

Os dois – Janaína e Edson – acompanharam a sessão de forma remota. No final da sessão, a presidente da comissão, Eneá Stutz, pediu desculpa a eles pela ação do Estado naquele período.

 

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