Congressistas do Centrão reagiram de forma intensa à notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convenceu o presidente Lula (PT) a vetar o cronograma para liberação de emendas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O relator Danilo Forte (União Brasil-CE) propôs essa medida visando trazer previsibilidade em ano eleitoral, evitando a repetição de atrasos nos pagamentos de emendas, como neste ano. Já o ministro vê a medida como uma espécie de “orçamento impositivo”.
Consultados pelo blog, deputados governistas de centro dizem que esse veto é, “certamente, o mais ‘derrubável” do terceiro mandato de Lula. Segundo eles, há deputados do Centrão que não receberam nem metade de suas emendas parlamentares de 2023.
Cientes do veto de Lula, o governo agora teme uma possível retaliação do Centrão a outros vetos, como o do novo regime do Carf (Conselho Administrativo De Recursos Fiscais).
O presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) marcou para quinta-feira (14/12) a votação de 39 vetos e 20 Projetos de Lei. Para derrubar um veto presidencial, é preciso maioria absoluta de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 de senadores. Caso não se alcance essa votação, o veto é mantido.
