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Ninguém me ama, ninguém me quer (por Roberto Caminha Filho)

As 100.000 ONGS, Vermelhos, Rosados, Melancias e outros bombeiros amazonólogos desaparecerem como num toque de mágica

atualizado 23/10/2023 1:36

Mayke Toscano/Secom-MT

Ninguém me ama,

Ninguém me quer

Ninguém me chama

De meu amor…

Lotávamos as clínicas, pronto socorros e hospitais quando, de repente, chegaram as Forças de Emergência que viriam nos salvar do fogo e da fumaça. Àqueles que nos mandaram, quaisquer coisas, o nosso eterno muito obrigado, vocês salvaram muitos dos nossos. Aos que não mandaram nada e batem palmas aos bilhões que dizem serem “emprestados” a Cuba, Venezuela, Argentina, África do Sul, Angola e muitos outros, nossos eternos despachos, para que sejam comidos, como nós somos, por giárdias e amebas, misturados com farofa, feijão, pimenta e marafo.

Na relação dos espertinhos estão: Os patrocinadores de Leonardo Di Caprio, Greta Tintin Thunberg, Disha Ravi, Autumm Peltier, Inger Andersen, Ayakha Melithafa e os bombeiros do Inferno, conhecidos como WWF e Greenpeace. Esses não gastaram uma única gota de suor ou de lágrimas. Caladinhos estavam, caladinhos ficaram!

Ao Governo Federal – que nos enviou 2 aeronaves com Bambi-Bucket, capacidade para 300 litros de água. Nossos beijos e abraços.

Ao Distrito Federal – que nos mandou um avião AT-802F FIRE BOSS-Air Tractor. Nossas limpíssimas cuecas e cueiros. Acrescento, ainda, nossos mais doces e estalados beijos.

Ao Mato Grosso do Sul – que nos deu o helicóptero AS350 com despejo de 550 litros. Nossos suspiros e músicas de amor.

Ao Antonio Maria, inspiradíssimo pianista, colunista e compositor que nos deixou a música que será o Hino da Amazônia:

A nossa mais emocionada saudade e preces.

Foi só uma bagana de cigarro queimar em uma beirada de estrada, um raio cair sobre o capim, o fogo pegar um ventinho e todas as 100.000 ONGS, Vermelhos, Rosados, Melancias e outros bombeiros amazonólogos desaparecerem como num toque de mágica. É tanta fumaça sendo aspirada por crianças, idosos e atletas, que não sabemos quantificar as vítimas. Podemos dizer que, de qualquer lugar distante 500 metros, da Ponte do Rio Negro e da cúpula do Teatro Amazonas, nenhum turista americano ou baiano, poderá enxergá-las.

Triste é viver na solidão de que alguma coisa chegará, a não ser para Odoricos, e outras “otoridades”, antes do final das chuvas de verão, do dia 2 de novembro.

A Amazônia é uma beldade, a Zona Franca de Manaus, uma amante. Todos as desejam, e ninguém quer fazer a manutenção das moças. Querem mostrar ao mundo o desejo de casar e constituir família, quando na realidade as querem como prostitutas de luxo, em busca de seu próprio sustento e para atender à sifilítica freguesia do prostíbulo.

O genial Roberto Campos ao aceitar o convite do General Castelo Branco para ser seu Ministro e melhorar a economia do Brasil, apresentou, ao chefe, o projeto da Zona Franca da Guanabara. O General pediu para ele retirar o belíssimo trabalho, que já se contrapunha à Zona Franca do Oriente. Quanta estratégia do Gênio! E o Castelo entregou, para o economista maior, o projeto da Franca de Manaus, dizendo:

–  Dr. Roberto, o projeto é este! para não perdermos tudo isso! E mostrou a Amazônia. Até hoje, os rufiões, que ousam tomar conta das duas moças, ainda não entenderam. Jamais entenderão.

Acordem! As moças estão sendo usadas há muitas décadas e perdendo as suas pegadas. Os interiores estão lotados de estrangeiros, expulsos das suas origens por maus conterrâneos.

 

Roberto Caminha Filho, economista, só acredita no Curupira como guardião da Amazônia.

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