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As várzeas do senador (por Roberto Caminha Filho)

Eles são milhares de “amazonólogos” ladroando e ensinando sobre o xixi do potó, a lambida do anofelino e a picada da mutuca...

atualizado 02/10/2023 3:32

Amazônia Melhores Destinos/Reprodução

O professor e senador Evandro Carreira preconizou algumas coisas boas nesta vida de meu Deus. O Evandro lançou o pensamento do mundo para as fazendas aquáticas, o que amenizaria a fome do mundo a partir do imenso espelho d’água da sua Amazônia. O genial Evandro também pregava a criação de um passaporte verde para a entrada e a saída de pessoas, de qualquer procedência, da Região Amazônica.

Hoje, o “Depósito de Pobres” em que transformaram a Amazônia, agoniza, e como solução para a enfermidade, os socialistas andinos, exportam as suas hordas, em forma de invasão pacífica e humanitária. São demais os perigos desta vida para quem tem paixão, disse o poeta, ele também não imaginava a quantidade de paixão que nós teríamos que dispensar para os nossos vizinhos, tão carentes de democracia. As maneiras de amenizar a fome, são tratadas, levianamente, por todos os geniais conhecedores da Amazônia, aqueles que nunca estiveram por lá e dão aulas de pirarucu e tambaqui.

Há um frenesi quando se fala em venda de carbono e as ONGS se extasiam. O amazônida nunca viu, ou ouviu falar, de alguém que tenha recebido um beijinho de carbono “porraqui”. As genialidades pegam o dinheiro e transformam, de novo, em carbono. Eles são milhares de “amazonólogos” ladroando e ensinando na região Amazônica, sobre o xixi do potó, a lambida do anofelino e a picada da mutuca.

O Evandro também mostrava os sete milhões de quilômetros quadrados de Amazônia, que dá umas doze vezes o Estado de São Paulo. São 140 bilhões de hectares de várzea, todos, milenarmente enriquecidos de nutrientes. Os novos cientistas adoram dizer que o nosso solo é pobre. Ricos são os do sul do Brasil.

Os índios aceitam a tese e exigem resposta para uma única pergunta: Por que as nossas árvores, daqui, chegam a oitenta metros, e se renovam rapidamente, enquanto as do sul, não passam de três ou cinco metros, com muito adubo estrangeiro? A essa imensa quantidade de adubo importado, o potássio do amazonas, aqui nascido, diminuiria a monumental transferência do nosso dinheiro, para os gerentes dos nossos bolsos, lá no estrangeiro. Essa brutal transferência faz sobrar pouco “porraqui” e não dá para comprar cachaça, chopp e picanha para os esperançosos brasileiros.

Eu gostaria de ver, ou ler, sobre um projeto, na Amazônia, para os hectares agriculturáveis nas várzeas, ou nas copas das árvores. Não vemos nada a respeito vindo das ONGS salvadoras. O T.V.A.- Tennessee Valley Authority, dá um show de conhecimentos no assunto e nenhum “amazonólogo” traz um projeto no mesmo estilo. Tecnologia aplicada nas várzeas para dar comida ao mundo e diminuir as nossas remessas de valores para o exterior.

É muita terra barata e adubada pela natureza, há séculos, para se fazer o bem para a humanidade. Hoje, puxando por qualquer site sobre terras agriculturáveis e ricas, sabemos que nas várzeas amazônicas, habitam três milhões de pessoas e delas tiram o seu sustento. Uma boa inversão de massa cinzenta e dinheiro americano, levaria mais três milhões para essas terras e alimentaríamos mais 100.000.000 de brasileiros famintos.

 

Roberto Caminha Filho, economista, só come dos rios e da várzea 

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