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Análise do veto do Marco Temporal breca sessão no Congresso

Bancada do boi pressiona que Rodrigo Pacheco paute veto de Lula e articula para derrubá-lo; adiamento frustra governo

atualizado 25/10/2023 21:03

Congresso nacional visto pelo patio do STF manifestações - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) adiou a sessão conjunta do Congresso Nacional que estava prevista para hoje (26/10), em Brasília. O motivo do adiamento foi a pressão da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) em colocar para a análise o veto do presidente Lula (PT) sobre o Marco Temporal.

A falta de acordo fez com que o presidente do Congresso adiasse pelo menos até 31 de outubro a sessão conjunta. Estão previstos 31 vetos presidenciais para a análise. Destes, 27 tem prioridade e precisam ser votados com urgência. O veto do Marco Temporal está fora desse grupo.

Lula vetou parcialmente o projeto de lei do Marco Temporal para demarcação de terras indígenas na última sexta-feira (20/10). A bancada do boi se articula para derrubar todos os vetos e retomar o texto ao que foi aprovado no Congresso.

O adiamento da sessão do Congresso também é considerado uma derrota para o Palácio do Planalto, que queria verificar a fidelidade de PP e Republicanos com a análise dos vetos do Carf e do arcabouço fiscal. Com a questão do PL das offshores resolvida pela presidência da Caixa, as votações serviriam como teste. Ficou para o dia 31.

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